quinta-feira, 7 de julho de 2011

Será que você ainda pensa em mim?

Fato consumado:

Amamos demais. É simples chegar a essa conclusão. Difícil é ter respostas concretas para o sentimento.

O que faz amarmos uma pessoa que pouco conhecemos? Como podemos dar nosso coração, e de brinde, nossa confiança e intimidade a “estranhos”?

Falar de amor é sempre muito repetitivo, cansativo, monótono e chato. Mas o texto de hoje não tem nada a ver com o amor. Tem a ver com as besteiras que fizemos, fazemos e ainda vamos fazer.

Coisas inexplicáveis acontecem o tempo todo, e o que eu busco são respostas, para as perguntas que me movem.

A grande pergunta desse texto é: Será que você ainda pensa em mim?

Quem?

No seu amigo imaginário, ou no seu primeiro amor.

Seja no que for, deixamos para trás aquilo que já não nos motiva, já não nos importamos.

Beijos roubados, carinhos trocados, risadas sem fim.

Encontramos outras brechas para nos esconder, nos esquecer aquilo que já nos fez tão bem.

Até quando isso?

Que segurança o destino nos dá para o amanhã? Isso se ainda houver.

Não pensamos mais em nossa professora do jardim, nem no vendedor de picolé, que fazia sucesso no verão de 94.

Não lembramos o que é trabalho em grupo, pois trabalhamos sozinhos, não sonhamos, porque sonhar é para fracos.

Fracos são fracos de alma, que se escondem em risos falsos, em amizades que acabam quando as costas são dadas. E que no primeiro olhar verdadeiro, entregam todo o jogo, mostram suas histórias nas linhas da face.

Queremos o futuro, vivemos o presente, e nos esquecemos do passado.

Mas não dá pra esquecer, tudo aquilo que nos formou. As pessoas que somos hoje é por conta daquela brincadeira de criança, aquela canção de ninar, do primeiro beijo que foi dado escondido atrás da escola.

Não dá para lembrar do passado, mesmo de suas partes ruins, sem derramar uma lágrima.

Não posso deixar que se apaguem as memórias.

Amamos demais as pessoas, e esquecemos que já sofremos, e que tudo pode acontecer outra vez.

Deveríamos nos amar mais, lembrar dos momentos felizes, e gastar mais nosso tempo, com coisas que nos façam bem!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O novo, de novo!?

Mudaram as estações, o frio arrepia a pele, faz bater os dentes e gela a alma.

Muitas vezes, chega quente no coração de quem não sabe o que é calor há muito tempo.
O tempo, olha ele aí de novo, por todo lado, em nossa volta. Sinistro, vazio, traiçoeiro.
Finge que vai, e volta, vai e não volta e passa rápido quando precisamos dele. Mas hoje, quero narrar uma história que nem o tempo conseguiu segurar e afastar, uma história real, de pessoas reais, e de sonhos que como todos, podem se tornar realidade.

Como costumo dizer, a vida sempre nos prega peças para nos medir, nos testar. Não foi diferente a alguns dias atrás. Alguns sonhos, um sorriso no rosto, e uma vontade: "voar"!
Voar não como as águias e suas asas gigantescas, voar para longe de casa, longe de tudo o que lhe cercava. Queria conhecer novas pessoas e novos lugares. Um ídolo que involuntariamente, lhe mostrou o caminho certo a seguir, palavras sábias que a fez pensar melhor, em tudo. Alguém a muitos quilômetros de distância, pensava da mesma forma do que a sonhadora do sul. A Internet e suas celebridades, a vida e seus joguinhos de azar.
Mas o que a vida não sabia, é que determinação é a palavra que está tatuada na alma dela. E assim foi.
Férias, alguma grana guardada e passagens, o bastante para ela ir abraçar o mundo, pelo menos o mundo dela.
Viajou, conheceu lugares lindos, encantadores, milhões de pessoas dividindo o mesmo espaço, milhares de sonhos, milhares de histórias. E ela.
Que ao chegar em terras desconhecidas, avistou ele, que a fez ir á tão longe. Um abraço simples, e as boas vindas ao novo.
Um outro estado, novas culturas, êxtase total, pessoas maravilhosas. E ela se sentia em casa, até que enfim, em casa.
Na volta, o coração partido em dois, metade querendo ficar, metade querendo ir embora, lembranças que jamais se apagarão.
Essa é a minha história, mais uma por sinal. Jundiaí/SP, Cauê Moura e família, pessoas que fizeram sentir-me em casa.
Tudo isso me faz ter cada vez mais certeza que somos o que sonhamos, e nos concretizamos como seres humanos, quando realizamos esses sonhos. Mesmo que sejam sonhos tolos, sem sentido, mas de extrema importância.
Liberdade é amar o mundo, de diferentes formas.
Sabedoria é saber de tudo o que é necessário para ser alguém melhor.
Humildade é nascer com espírito aprimorado para desfrutar das melhores coisas da vida, do melhor jeito.
Lembrarei disso sempre, e quando por ventura esquecer-me, olharei para o meu braço esquerdo, onde estão tatuadas as leis, as leis da minha vida.

(:

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Descoberta

Descobri o amor, tardiamente.

Descobri que ficar sentada não vai me levar a lugar algum.

Descobri que nem sempre o melhor é ouvir, e sim reivindicar nossos direitos.

Descobri que somos livres, até esbarrarmos na liberdade dos outros.

Descobri que nem tudo que é ilegal é ruim. E muitas coisas legais não passam de mera ilusão.

Descobri que a beleza não está por fora, nem por dentro, ela caminha lado a lado com o individualismo de cada ser.

Descobri que o sol até brilha pra todos, mas algumas pessoas são cegas e não vêem o brilho desta estrela.

Descobri que amar não é possuir, nem ficar o tempo todo perto.

Amor é respeito, é amizade com sexo, é carinho com beijo, é confiança de si mesmo.

Descobri que nem tudo o que reluz é ouro, às vezes é ainda mais valioso.

Descobri o poder da noite quando me toca. Que ela é muito mais amiga e espectadora das nossas noitadas do que nossa própria alma.

Descobri que existem pessoas ruins em todos os lugares, e boas também em menores proporções.

Descobri que o sorriso ajuda muito, mas as lágrimas libertam.

Descobri que tenho que me amar acima de tudo, e isso não é egocentrismo, isso é amor, para poder amar outras pessoas igualmente.

Descobri que o fim do mundo não existe, e sim o fim da vida.

Descobri a imortalidade da música, que está presente em tudo e de variadas formas fascina cada vez mais.

Na verdade, me descobri, num canto, assistindo a vida passar como numa tela gigantesca de cinema.

Descobri-me sozinha, cheia de pessoas ao redor, puxei-me com toda a força, me encorajei a seguir em frente, sem medo de me arrepender, ir além do que todos poderiam imaginar.

Aprendi a viver, e descobri que isso é melhor coisa que poderia encontrar guardada dentro de mim.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Um momento para recordar...


Nascemos, crescemos e morremos. Grande redundância não colocar esperança nos sonhos.

“Somos quem podemos ser sonhos que podemos ter.” Já diziam os Engenheiros do Hawai.

Sonhos são como uma válvula de escape da realidade, fantasia do inesperado.

E de que vale a vida sem ter sonhos para alcançar?

O mundo é porta de entrada para o futuro, que qualquer um pode trilhar, da forma que quiser.

Fugir? Fugir de si mesmo, procurando refúgio na civilização.

Tudo na vida é uma questão de tempo, meu tempo que já perdi em uma esquina suja, que já entreguei a um estranho. Meu tempo que está guardado, a sete chaves, para uma história sem fim.

Além de uma cama, e olhos fechados, num sono profundo, os sonhos precisam de coragem para se manifestar, precisam de ânimo para seguir em frente, o sonho precisa de uma injeção de realidade, encontrada dentro da sua alma.

Nestes dois dias cujas datas são 14 e 15 de maio, coisas inexplicáveis aconteceram. E sim, digo inexplicável porque nem os sonhos conseguiram sonhar, nem a mente chegou tão perto.

Uma cidade, mais de um milhão de pessoas, um evento, dois abraços, várias lágrimas, um restaurante, na mesma esquina suja onde o tempo eu encontrei, duas pessoas, o mesmo destino em uma mesma noite.

O choro, trancafiado na janela da alma, o sorriso, que já sem espaço na face, tentou buscar outras formas de manifestar, um novo abraço, apertado, verdadeiro.

A vida e suas paródias mal interpretadas, o destino e sua indecisão, o pensamento que atrai a solução, para um pedido distante, de uma mulher com sonho contagiante.

E o inexplicável toma forma, e começa a se desvendar. Um mundo inteiro pra se desbravar, e essa minha vontade de partir pra longe de mim é imensa, e me corrói por dentro. A paixão pela estrada, pelo novo, pelo inusitado me consome em proporções imensas. Mas a certeza de que tudo isso apenas começou alivia a alma, que inquieta e prisioneira, grita dentro de uma grade de carne. O futuro me espera, e que traga ventos bons para as bandas do sul, para que me leve para longe, longe de casa, bem mais que uma semana.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

“Voe alto, leia”

Este é o tema da 26ª Feira do livro de Bento Gonçalves.

O show de sonhos e de letras começou na tarde chuvosa desta quarta-feira (11). A chuva que veio para lavar a alma e inaugurar o novo endereço dela, que há 26 anos encanta toda a população.

Mas a chuva não amedrontou quem realmente queria ver de perto o começo do espetáculo. A abertura oficial foi por conta dos Meninos Cantores de Faria Lemos, que arrancaram suspiros de quem os assistiam.

Marcou presença também o Patrono da Feira, Colmar Pereira Duarte, poeta, escritor, compositor, dono de uma pesada bagagem cultural.

A Feira se estende até o dia 22 de maio, com muita magia, e muita alegria. A estrutura deu uma cara nova a Praça Centenário, que agora esta mais linda do que nunca. E muito melhor habitada.

O espaço triplicou de tamanho, e agora, mais do que nunca, tem livros para todos os gostos, espaço para muito mais pessoas, palcos maiores, para atrações maiores, e pessoas com corações maiores.

Nesta época do ano, eu fico muito mais poética, muito mais alegre, e fico suando frio quando ponho os pés no espaço da Feira.

Sensação inexplicável.

Talvez é este amor pelas letras, esse carinho pela utopia, essa paixão pela imaginação. Talvez, é simplesmente pelo fato que eu ame voar, e é justamente o que eu faço, quando estou com um livro na mão.

Fonte/fotos: Bruna Bello

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