Fato consumado:
Amamos demais. É simples chegar a essa conclusão. Difícil é ter respostas concretas para o sentimento.
O que faz amarmos uma pessoa que pouco conhecemos? Como podemos dar nosso coração, e de brinde, nossa confiança e intimidade a “estranhos”?
Falar de amor é sempre muito repetitivo, cansativo, monótono e chato. Mas o texto de hoje não tem nada a ver com o amor. Tem a ver com as besteiras que fizemos, fazemos e ainda vamos fazer.
Coisas inexplicáveis acontecem o tempo todo, e o que eu busco são respostas, para as perguntas que me movem.
A grande pergunta desse texto é: Será que você ainda pensa em mim?
Quem?
No seu amigo imaginário, ou no seu primeiro amor.
Seja no que for, deixamos para trás aquilo que já não nos motiva, já não nos importamos.
Beijos roubados, carinhos trocados, risadas sem fim.
Encontramos outras brechas para nos esconder, nos esquecer aquilo que já nos fez tão bem.
Até quando isso?
Que segurança o destino nos dá para o amanhã? Isso se ainda houver.
Não pensamos mais em nossa professora do jardim, nem no vendedor de picolé, que fazia sucesso no verão de 94.
Não lembramos o que é trabalho em grupo, pois trabalhamos sozinhos, não sonhamos, porque sonhar é para fracos.
Fracos são fracos de alma, que se escondem em risos falsos, em amizades que acabam quando as costas são dadas. E que no primeiro olhar verdadeiro, entregam todo o jogo, mostram suas histórias nas linhas da face.
Queremos o futuro, vivemos o presente, e nos esquecemos do passado.
Mas não dá pra esquecer, tudo aquilo que nos formou. As pessoas que somos hoje é por conta daquela brincadeira de criança, aquela canção de ninar, do primeiro beijo que foi dado escondido atrás da escola.
Não dá para lembrar do passado, mesmo de suas partes ruins, sem derramar uma lágrima.
Não posso deixar que se apaguem as memórias.
Amamos demais as pessoas, e esquecemos que já sofremos, e que tudo pode acontecer outra vez.
Deveríamos nos amar mais, lembrar dos momentos felizes, e gastar mais nosso tempo, com coisas que nos façam bem!