quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ela!

Eu poderia gritar que te amo em cima de uma ponte,

Eu poderia dizer que o vento foi generoso,

Eu poderia dizer que o vento é traiçoeiro,

Eu poderia dizer que o amor nem sempre é verdadeiro,

E que, às vezes, não passa de um simples desejo,

E que ele começa a nascer por um simples desejo...

As coisas acontecem de forma estranha,

a vida tem um jeito engraçado de ser ela mesma, ou de cumprir seu único papel, mágico, aliás, digno de uma plateia e de aplausos exurbitantes...

Enfim, eu poderia dizer muitas coisas e, escrever milhares de muitas outras coisas,

sem sentido, sem notoriedade, sem vazão,

porque o único sentido que busco, a única razão que vejo e a única notoriedade que quero estão dentro de um olhar negro, sonolento, sincero que eu vejo quase todas as manhãs e é a coisa mais bonita que eu vejo em todo meu dia:

Aquele olhar tímido, provocador, insinuante, carente, delirante...

Um par de olhos que dizem o que as palavras ainda não sabem expressar.

Pego emprestada uma frase de Manuel Bandeira, que diz mais ou menos o seguinte:

“... Ela não é só um corpo,

Ela não é um corpo,

Ela é dois olhos e uma boca..”

Ela é uma voz!

Ela é um sorriso!

Ela é um olhar!

Ela é boa até embaixo d’água!

E quem não conseguir ver isso, não merece o brilho de sua atenção..


Mona Mayfair

2 comentários:

  1. Você, my dear...
    Se a perfeição existe- subjetiva-
    ela deve se espelhar em você para ter significado.

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  2. Nossa!!!
    Meus olhos se enchem de lágrimas assim!!
    Mas a perfeição não passa nem perto de mim!!
    Amo-te!

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