segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A felicidade invejável

Em conversa com um amigo pelo MSN, ele me falou algo que fiquei impressionada.

-Bruna, sua felicidade constante é invejável, você está sempre de bem com a vida.

Fiquei atônita na frente do computador, estagnada com aquilo.

Será que sou esse monstro mesmo? Ou essa felicidade constante é um bom sinal?

E agora minha felicidade e alegria viraram motivos de inveja.

Gosto de pessoas que são um pouco mal-humoradas, que demonstram suas tristezas e sua raiva.

Mas eu não consigo ser assim transparente, e essa nem é a questão, mas é muito difícil me tirar do sério.

A felicidade não vem com manual de instruções, mas é mais fácil invejar a felicidade alheia, é mais fácil ficar se perguntando como seria se eu fosse mais feliz, pois a grama do vizinho é sempre mais agradável.

A busca pela felicidade é uma corrida contra a vida, pois felicidade não existe.

O que existe são momentos felizes, juntamente com sentimentos de alegria e amor, e até mesmo de solidão, porque não?

Mesmo a felicidade não andando ao lado da solidão.

Como dizia Tom Jobim:

“É impossível ser feliz sozinho!”

E ainda tem a audácia de me perguntar na mesma conversa:

-Qual é a formula da felicidade?

E como eu posso saber?

Eu posso ter vivido muito pouco, e nem ter passado pela minha 20ª primavera, mas passo por dificuldades, choro, brigo, sou frágil, tenho TPM, sou sensível.

Uma pessoa sem frescura, não reclamo de uma unha que quebrou, nem porque o tempo está feio, e durmo tranquila, mesmo tendo brigado com o namorado, ou com uma amiga.

Não me estresso com coisas supérfluas. Esse talvez seja o meu segredo, minha fórmula mágica, ser simples, ser calma demais, e não invejar a vida boa que leva o próximo.

A raiva está enclausurada em mim, mas só a mostro em ocasiões especiais, a tristeza também assola esse coração muitas vezes gélido, mas o sorriso me abre mais portas, me deixa mais bonita e mais viva.

Por que de mortas chegam minhas células que demoram pra sair.

Não invejem minha felicidade, pois eu estarei aplaudindo de pé quando a sua felicidade resolver aparecer.

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